quinta-feira, agosto 05, 2004

Sentido Existencial

Pergunto a mim mesmo…
Que sentido?
Mas deveria fazer sentido?
Será justo exigir que tudo seja lógico e corra como planeámos?
Porque deve a nossa existência ser um reflexo do nosso imaginário?
No entanto a dura realidade de que isso não é verdade perturba-nos.
Faz-nos sentir pequenos, vulneráveis e impotentes!
Enterra-nos até ao limite dos nossos medos…
Cada um procura a sua solução, a sua fuga…
Uns entregam-se a Religião, outros a obra da sua vida, outros ainda a procura do Amor…
E é nesse ponto que me encontro agora.
Pleno de dúvidas que assombra o meu coração e a minha existência…
As necessidades de fazer parte de alguém, de ter a felicidade de descobrir o que é o Amor… estão inerentes, senão à nossa existência pelo menos à minha…
Porém acho incrível que eu próprio consiga pensar que isso é de facto possível…
Que força nos impulsiona a entregar-nos a uma pessoa e a tirar todos os nossos escudos e máscaras, se sabemos que a qualquer momento podemos sofrer o maior desgosto possível…?
Que sentido?
Haverá alguma lógica?
Esta natureza humana que nos torna tão passíveis de amar e de odiar, de criar e de destruir é de tal forma uma antítese, ou melhor é a antítese na sua plenitude de significado.
Que criatura consegue confundir de tal forma os sentimentos como nós…?
Baralhá-los como o melhor dos ilusionistas…
Será que a tristeza apenas existe para que o sentimento de felicidade que se lhe segue seja ainda maior? Ou será a felicidade que deve a sua existência a um sentimento de tristeza posterior…?
Sinto me como se a minha realidade não pudesse ter sido transformada em algo mais falso pelas pessoas que amo. No entanto é com elas que sinto vontade de estar…
O que chamar a isto?
Esperança? Aquela que é verde e a ultima a morrer?
A fé? Essa grande força, que me é incompreensível, mas que na realidade faz girar o mundo…



Mais uma vez me encontro rodeado de questões, mas abandonado pelas respostas…
Quando tudo está bem sentimo-nos invulneráveis e cheios de energia e poder, como se não houvesse nada que nos pudesse atingir, no entanto basta que uma pequena peça da nossa estrutura emocional se quebre ou nos falte, para que todos desmoronemos na realidade da escuridão emocional…
A vida é feita de dias bons e dias maus…
Talvez armazenando o que os dias bons nos trazem consigamos o equilíbrio nos maus…
Será que isto faz sentido?
Resta me continuar a minha existência e constante busca de respostas, pois acredito que apenas o conhecimento me possa esclarecer!
No entanto o conhecimento cada vez me turva mais a visão e me perturba, atingindo me com duvidas que me remetem para o estado impotente da condição humana…
Apenas a solidão me inflama a existência…

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nós somos frágeis.............talvês sejamos os seres mais frágeis do universo.........pk os restantes seres vivos ñ pensam no sentido pelo kual existem.............mas nós...........com a nossa constante procura de respostas.......e.........com a inexistência das mesmas.............sofremos............. S tivessemos todas as respostas talvêz ñ tería-mos tanto medo de morrer..............mas............com a ausência de respostas e a perfeita noção da nossa fragilidade conseguimos usufruír na totalidade de tudo o k há de bom na vida...........enquanto ela existe... (deadmorbid)

9:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não acredito que a vida nos é imposta como um meio para atingir um fim... um caminho para um "destino" predefinido. Nem é da minha «actual» natureza alguma vez poder acreditar nisso. O meu credo transformou-se definitivamente.
Acredito agora que cada um de nós tem o papel que desejar assumir. Num mundo em que cada vez é mais importante o que acontece em qualquer parte, que tem influência sobre nós crua e brutalmente, nós também podemos e devemos induzir na direcção com que simpatizamos - isto é viver (esta teia complexa de inter-relações por via de uma desconhecida dinâmica não-linear que culmina no que nós conseguimos fazer melhor - sentir)
Há um universo imesurável a desvendar... para o qual não conseguiremos nunca encontrar respostas completas, apenas fragmentos incompletos de pensamentos previamente "msatigados" e maturados. É aos poucos que o todo se desenvolve em pleno. É aos poucos que a nossa vida começa a fazer sentido. É aos poucos que nos apercebemos de quanto "fechados" em nós próprios estamos.
Melkaart

3:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma tremenda força revitalizadora cobre de ouro a nossa exitência.É assim que eu vejo o sentido da minha exitência e sei que não estou só.

Raros espíritos reivindicativos de antigos e actuais prestígios,com poder de encantação,de transposição dos secretos ritmos da vida,da vidência,magia e ciência.
A força e o tempo para elevar a nossa existência um tudo nada acima das paupérimas formas de vida,onde a conjunção tenebrosa da religião,do capital e tudo mais,dispõe um eficaz arsenal de artifícios para manipular o sentido de cada um e, de todos.Tecnicas psicológicas para mutilar a mente,limitar a liberdade propulsora do acesso ao conhecimento,tranformado-nos vis,degradando o sentido do maravilhoso,substituindo o Amor e as altas circunstâncias da vida por fórmulas obtusas e vulgares,que são o penhor do poderio da mediocricidade e da miséria,para fazer de nós submissos,animais domesticados,viciando-nos a sensibilidade e fechando-nos o espírito.
É neste cenário que o Homem desde que teve a noção da sua existência se questiona e sempre haverá os "guardas-avançados do espírito abrindo por entre as brumas ver mais além,procurando aberturas,espaços iluminados,construindo a estrada da emancipação do ser.
Cabe a cada um de nós a opção de procurar ir mais além do que vê, saltar o muro de olhos fechados,(mesmo que não encontre respostas)ou ficar numa atitude pacificamente confortável.

A imagem poética do sentido existencial tal como eu a concebo,resulta do choque de forças atractivas,puras que ocupa um lugar primordial nos meus polos magnéticos,(sonho,amor,liberdade,conhecimento)

8:25 da tarde  

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