quinta-feira, fevereiro 10, 2005

O Mesmo Trilho

Quem és tu?

De onde vens, e para onde vais?

...


E porquê te segue ela?

Que sombra tão estranha diria eu!

No entanto, como que amigos inseparáveis ela vai por onde tu precedes...

...

Até que um dia ... o vosso destino se encontre...

Ou será ... até que ela seja o teu destino?



Mas não o é já?

6 Comments:

Blogger Unknown said...

Ela é tudo isso mas, na minha opinião, devemos optar por tê-la em mente como destino último e, portanto, viver todos os outros destinos da melhor maneira possível, pois após o encontro pessoal com ela, não mais poderemos alterar os destinos pretéritos.
Abraço.

2:48 da tarde  
Blogger Perséfone said...

Acho que este é o primeiro texto teu que leio que é tão breve e tão "claro". Só posso dizer que gostei. Companheiros inseparáveis até que encontrem o destino que ambos partilham. :)

Muah *

8:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A person often meets his destiny on the road he took to avoid it...

Eu acho que o destino é o que tu quiseres fazer dele, apenas sabes que independentemente do que escolheres ou fizeres há sempre uma limitação.
Não creio que ela persiga mas sim que zela por cada um, e somente se cruza connosco quando for a altura certa (apesar de isso muitas vezes não ser totalmente compreendido). Outras vezes somos nós que vamos ao seu encontro e aforçamos a acompanhar-nos...

confesso que fiquei intrigada com este post, faz pensar, e muito, e faz despertar coisas mto dolorosas que muitas queremos que fiquem escondidas para sempre...



Isto é uma passagem que encontrei, não sei se irás considerar adequado, mas eu gostei imenso, e apetece-me partilha-la:

"Be patient toward all that is unsolved in your heart and try to love the questions themselves like locked rooms and like books that are written in a very foreign tongue. Do not now seek the answers, which cannot be given you because you would not be able to live them. And the point is, to live everything. Live the questions now. Perhaps you will find them gradually, without noticing it, and live along some distant day into the answer." ~Rainer Maria Rilke, Letters to a Young Poet


Beijo *

10:16 da tarde  
Blogger Shore said...

Para a minha querida Maria:

Minha Vampirazinha, tu transcreves um texto que me agrada bastante, e infelizmente sem citar o autor.

Porém permite me descordar da opinião do Autor em questão.

Ele diz: "não procures as respostas que não podem ser dadas. Porque não serás capaz de as viver. E ponto é viver tudo. Vive as perguntas agora..."

Eu respondo-te: a busca incessante por essas respostas é que me dá gozo. E sei que esse é um jubilo sem fim (pelo menos antes do meu). Mau seria ter todas as respostas. Aí sim seria infeliz. Não teria mais desafios a minha mente. E por estranho que isso pareça a muitas pessoas e eu sei que parece, eu sou mesmo assim.

Beijo

10:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Hmm...
Só não mencionei o autor da primeira frase : «A person often meets his destiny on the road he took to avoid it.» que é Jean de La Fontaine.

O paragrafo ultimo tem la indicado o autor »» Rainer Maria Rilke

[The in between (texto) is mine...] .
Esclarecido isto =P como te disse Cada um tem as suas opinioes como seres distintos que somos.
apenas queria referir que muitas vezes procuramos algo k n nos apercebemos de que ja o encontramos, ou entao essa busca torna-se obsessiva, ou por nnca se revelar ou por n se revelar satisfatoria.
concordo quando dizes que pode ser estimulante a busca, so queria era referir o ponto em k se torna obsessiva...Era so isso =)

*outro beijinho*

12:20 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

...E neste precípitado trilho,sem que alguma vez tenha conseguido captar com nitídez a raíz do seu real magnetismo.Suponho que acabei entre o firmamento e o horizonte,essa linha de equidade: fugaz,mas de inescapável sedução.
Falar de um sentido seria pois abstrair toda a significância dos sentidos,
apesar dos visíveis bruscos saltos processuais ou alterações temáticas,tudo se passa na surdina.Parece pois que de tema para tema,condensa,recapitula como se quisesse fundamentar uma disciplina pluridisciplinar,uma pedagogia de elaboração mental,uma sagreza para a reticência...
Nesta tónica existêncialista,mesmo antropocêntrica o princípio é o mesmo.
A reflexão contínua, a dualidade,os conflitos internos em conformidade com os conflitos externos,a dignidade no afrontamento das adversidades,gera o "Pathos".
Mesmo quando contemplativo,o seu estado não é passivo e muitas vezes entrega ao pensamento jogos cénicos "a assombrosa capacidade para fazer do morte um lugar habitável".
Não acredito num estado neutro do pensamento que permita uma tradução que não seja interpelativa.Provávelmente a cada estação da vida correponderá a estados diferentes e consequentemente pensamentos.
Ía escrever que há algo de "dark" e "purple" no meu pensamento,mas uma rajada de vento me deteve,resta-me pois terminar a bebida e seguir o meu trilho até...

"pares cum paribus facillime congregantur"

3:23 da tarde  

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